Na última semana, um comentário do goleiro Rogério Ceni trouxe novamente à tona um velho e conhecido discurso: o de que o futebol aliena, e o povo brasileiro é símbolo disso. Após a invasão do vestiário da Portuguesa devido a uma derrota, o são-paulino disparou: “Não sei por que as pessoas não vão até o Senado protestar da mesma maneira contra a política brasileira”.
Acontecimentos como a invasão do vestiário desse time paulista são certeiros na história futebolística brasileira. Sempre depois de duas ou três derrotas de seu time, fanáticos enchem-se de angústia, entram em desespero e saem às ruas brigando com torcedores adversários. Isso quando não destroem o estádio e apedrejam o ônibus de seu próprio clube. Nessas horas, notamos que o brasileiro não se esqueceu de como protestar, eles apenas protestam pelos motivos errados, em lugares dispensáveis.
Em meio ao caos existente em nossa política, que sofre com constantes denúncias de corrupção e descaso com a “coisa pública”, revoltar-se ante a derrota de um clube da segunda divisão do Campeonato Brasileiro nos soa amedrontador e, porque não, vergonhoso. Rogério Ceni é apenas um dos poucos entristecidos, ou revoltados, com a inversão de valores presente em nossa sociedade.
Tivéssemos a mesma energia com que nos enfurecemos com nosso clube para enfrentar nossos verdadeiros representantes, que são os políticos, quando estes chutam a bola pra fora ou fazem gol contra, certamente os times da Câmara, do Senado e do Planalto jogariam melhor.
Acontecimentos como a invasão do vestiário desse time paulista são certeiros na história futebolística brasileira. Sempre depois de duas ou três derrotas de seu time, fanáticos enchem-se de angústia, entram em desespero e saem às ruas brigando com torcedores adversários. Isso quando não destroem o estádio e apedrejam o ônibus de seu próprio clube. Nessas horas, notamos que o brasileiro não se esqueceu de como protestar, eles apenas protestam pelos motivos errados, em lugares dispensáveis.
Em meio ao caos existente em nossa política, que sofre com constantes denúncias de corrupção e descaso com a “coisa pública”, revoltar-se ante a derrota de um clube da segunda divisão do Campeonato Brasileiro nos soa amedrontador e, porque não, vergonhoso. Rogério Ceni é apenas um dos poucos entristecidos, ou revoltados, com a inversão de valores presente em nossa sociedade.
Tivéssemos a mesma energia com que nos enfurecemos com nosso clube para enfrentar nossos verdadeiros representantes, que são os políticos, quando estes chutam a bola pra fora ou fazem gol contra, certamente os times da Câmara, do Senado e do Planalto jogariam melhor.