O mundo nunca viu tamanhas escabrosidades. Os homens já não sabem o que dizem, e quando dizem são sentimentos bizarros, ininteligíveis, abstratos. A contemporaneidade é permeada de riscos, de manchas obscuras que tornam até mesmo a arte abstrata a mais fácil entendível manifestação. São pichações, telas repletas de manchas, de fantasmas do cotidiano, tudo tão boçal. Realmente, como previa certo barbudo séculos atrás, “tudo o que é sólido se desmancha no ar”. A alma humana, nestes tempos de ócio, de pressa, de loucura, não capta mais a beleza que se podia ver anos atrás.
A arte é feita de sentimentos, assim, a beleza do amor era transcrita em belos livros, exprimida em belos quadros. Não havia manchas, o sentimento podia ser entendido. Os beijos, os abraços eram precedidos por olhares sinceros. Doce época em que o homem temia apenas a si mesmo. O caminhar das horas não os levava a essa febre horrenda e vazia. Chorava-se por paixão, morria-se pela amante. A arte de nossos tempos perdeu-se na imensidão de um mundo sem fronteiras. Hoje apóia-se a feiúra, esparrama-se tintas, diversas cores em paredes, em chãos, o céu torna-se preto, as belas tonalidades viram cinza.
As razões dessas existências escabrosas são, como elas, inexplicáveis. Como dizer que o homem desconhece o sentimento, exprimindo-o na primeira palavra. Os riscos em quadros e paredes assemelham-se a palavras que não podem ser ditas. Inventa-se novos meios de desafogo, bizarros e horrendos. O homem pratica sua arte, como sempre, descrevendo seus sentimentos. No entanto, quais sentimentos? Outros tantos aplaudem, admiram esculturas de monstros assustadores, quedam-se ante telas onde a tinta imita ossos emendados, pesadelos do dia-a-dia.
Outrora via os campos de trigo, hoje vejo os riscos na parede. Tempos de uma Monalisa perdida graças às insanidades e os sentimentos desconexos de homens banais. A banalidade do homem nunca soou tão escabrosa. A beleza, excomungada, cede espaço à feiúra contemporânea. Morre a arte, morrem os sentimentos, morrem os homens.
A arte é feita de sentimentos, assim, a beleza do amor era transcrita em belos livros, exprimida em belos quadros. Não havia manchas, o sentimento podia ser entendido. Os beijos, os abraços eram precedidos por olhares sinceros. Doce época em que o homem temia apenas a si mesmo. O caminhar das horas não os levava a essa febre horrenda e vazia. Chorava-se por paixão, morria-se pela amante. A arte de nossos tempos perdeu-se na imensidão de um mundo sem fronteiras. Hoje apóia-se a feiúra, esparrama-se tintas, diversas cores em paredes, em chãos, o céu torna-se preto, as belas tonalidades viram cinza.
As razões dessas existências escabrosas são, como elas, inexplicáveis. Como dizer que o homem desconhece o sentimento, exprimindo-o na primeira palavra. Os riscos em quadros e paredes assemelham-se a palavras que não podem ser ditas. Inventa-se novos meios de desafogo, bizarros e horrendos. O homem pratica sua arte, como sempre, descrevendo seus sentimentos. No entanto, quais sentimentos? Outros tantos aplaudem, admiram esculturas de monstros assustadores, quedam-se ante telas onde a tinta imita ossos emendados, pesadelos do dia-a-dia.
Outrora via os campos de trigo, hoje vejo os riscos na parede. Tempos de uma Monalisa perdida graças às insanidades e os sentimentos desconexos de homens banais. A banalidade do homem nunca soou tão escabrosa. A beleza, excomungada, cede espaço à feiúra contemporânea. Morre a arte, morrem os sentimentos, morrem os homens.
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