quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Festa econômica para o banquete eleitoral

Nem Lula, nem Cardoso; muito menos Palocci ou Malan; Mantega? piada! eu sou "o cara"



Tudo “blue” na economia brasileira, não? Temos a qualificação investiment grate da Stand & Poor’s (agência que estuda o grau de risco de investimentos em países e empresas privadas); excelentes números na balança comercial; apesar de crescente, ainda temos uma das menores taxas de inflações no mundo; mais empregos, moeda forte e, de quebra, uma classe média que corresponde a cerca de 52% da população. Ufa! Quanta notícia boa!

Vivemos um momento de euforia na economia. A tal “retomada do crescimento” parece realmente estar acontecendo depois de anos de estagnação. Tudo por causa da tal confiança do capital que gera o crédito. Quanta oferta de crédito há no mercado, não?. A classe média “dá bananas” à alta taxa de juros e compra em parcelas de 24, 32, 72 vezes. Os bancos gargalham. A indústria reclama, mas ri a toa! E tudo se acomoda. O otimismo é tanto que, olhando para o caderno de economia, me sinto no Canadá! Amigos, caiamos na real! Comemorar 52% de classe média em um país deste tamanho é...bobo.

Ok, as coisas estão caminhando bem, mas não rumo à economia Suíça. Ainda temos uma centena de problemas e incoerências. Nosso governo gasta muito, temos uma dívida pública gigantesca graças a isso. Ora, alguém consegue ver motivos para a existência do Ministério da PESCA? E aquele órgão com status de Ministério, o tal do Núcleo de Assuntos Estratégicos do pseudão Mangabeira Unger! Pra que serve, heim? Meus caros, tudo isso não passam de bobagens que gastam horrores. Dinheiro jogado na vala para fazer costurazinhas políticas.

E mais! O que esta sendo feito para coibir o endividamento da classe média. Só aumento na taxa de juros não basta, amigos. E a reforma previdenciária e política; as quantas andam? E os altos impostos, quando vamos rever nossas taxas tributárias? Existem uma porção de etecétreras se fossemos enumerar nossos problemas econômicos. Tantos e tão velhos que parecem clichês. Não, mas nem nossas crônicas agonias podem frustrar o sistema lulo-petismo de positivismo em ano eleitoral.

2 comentários:

Anderson Oliveira disse...

Como sempre a visão minuciosa, não vista por nós, meros cidadãos ignorantes das práticas melindrosas de nossos políticos; novamente as palavras ásperas, críticas, a certeza incontestável dos erros humanos, não vistos e entendidos por nós. Suas visões, Ivan, atingem o âmago de nosso sistema social. Você vê, entende e transmite como ninguém cada detalhe; chega a prever o futuro com análises rebuscadas, porém fáceis de ser entendidas, tal como deve ser um jornalista. Mais uma vez aplaudo seu conhecimento, sua sabedoria sem disfarces ideológicos, suas idéias desprovidas de preconceitos bobos. Parabéns.

Anderson Oliveira disse...

Agora, em relação ao tema abordado, não me admira que, novamente, o Governo e seus aliados se usem de uma estabilidade frágil para angariar votos e disseminar esse petismo fajuto pelo país. Há no Brasil uma espécie de encanto com os programas governistas (digo, populistas). Nós, não conhecedores dos detalhes que compõem tais coisas, ficamos aqui espantados ante a "diminuição do desemprego", a queda do dólar, "a inflação sob controle", tantas maravilhas ditas em alto tom por nosso presidente.