segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Os papéis se inverteram

Classificar fenômenos entre bons e maus é uma tendência antiga da mente humana, isso porque esses rótulos facilitam a compreensão do mundo. É fácil dizer que tal pessoa não é confiável porque é má, ou que alguém está com más intenções em relação a algo. O difícil é explicar o que é bem e o que é mal. Torna-se tão difícil definir esses dois conceitos antagônicos por um só motivo: ambos não existem de verdade; são apenas construções baseadas nas ideologias daqueles que as constroem.Bem, iniciei esse questionamento porque fui assistir nesse final de semana o filme: Batman, O cavaleiro das Trevas e comecei a pensar esse tema: o Bem e o Mal.Em um gibi, por exemplo, parte-se do pressuposto de que o super-herói é bonzinho e de que seu inimigo é malvado , isto é simples, objetivo e torna a trama mais fácil de se compreender. Nos filmes também, em sua grande maioria, há um vilão tentando fazer o mal.Na verdade , gosto desse blog , pois resolvemos cria-lo não apenas para criticar ou falar bem dessa ou daquela pessoa, nem nos propusemos em falar de coisas fúteis ou discussões vazias que não nos levam a nada , mas aqui a análise é a seguinte, porque será que quando saímos de uma sala de cinema, ao terminar um filme que fala de um super - herói (Barman) , nos identificamos tanto com o vilão? (Curinga).
Assim como o Curinga, essa personificação que as pessoas fazem ao assistir um filme como esse, é no mínimo engraçada. Para muitos os fins justificam os meios, aquele que pratica o mal é tido como um louco e o que fez o bem é o que tem a mente sã. No entanto, até mesmo quando vimos o lado mal do vilão (Curinga) analisamos que o jeito como ele encarava as coisas eram simples e diretas, mesmo sendo o grande "mal" da história ele se torna o personagem mais aclamado pelos espectadores, não só por ser engraçado, mas por ter um objetivo muito bem direcionado e resolve-los de modo tão pratico, a história que envolve o Curinga nesse filme é que ele queria provar que até o mais justo dos homens poderia se corromper, o personagem queria mostrar que todo ser humano no fundo de sua alma é mal e levou consigo esse pensamento até no momento de queimar milhões de notas de dinheiro, provando até para os mais temidos de Gothan City que o dinheiro não era tão importante quando uma busca incessante por um objetivo e uma crença é a prioridade na vida. Assim, o Curinga é aquilo que muitas pessoas aspiram e almejam , não falo aqui, de serem pessoas más ou até dementes, mas sim pessoas que podem encarar a vida com mais objetividade , com mais simplicidade , que tenham uma vida onde crenças, foco, objetivo e determinação são a tônica e o dínamo que move as nossas emoções e atitudes. Uma vida que seja mais engraçada, mais divertida e não apenas uma piada de mau gosto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já lhe falei, meu caro amigo, bem e mal não existem, são apenas invenções de religiosos para terem o que fazer.