sábado, 9 de agosto de 2008

Histórias quase verdadeiras

Um país de Santos Cristos

Ajudar as pessoas e melhorar o país sempre foi o grande sonho de João de Santo Cristo. Ao chegar à Brasília para trabalhar como ajudante de carpinteiro ele se viu perto de realizar o que queria. Porém, sua vida foi marcada pela contradição. Logo na capital brasileira, Santo Cristo, virou ladrão, traficante, justiceiro. A vida de João poderia, facilmente, se tornar um filme e ter uma conotação maior que Cidade de Deus. Mostrar a origem de uma realidade cruel que assola o Brasil. Santo Cristo, como Mané Galinha – personagem principal do filme - tem um fim trágico: um tiro pelas costas disparado por Jeremias, traficante rival.

Em Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles, Mané Galinha é também um justiceiro. Vive uma vida simples, cobrador de ônibus, homem comum. Porém o assassinato cruel de sua família o faz entrar em um mundo de crimes. Já traficante, assaltante e assassino ele perde sua vida também com um tiro, dado pelo filho de uma de suas vítimas num assalto.

Estatísticas mostram que, desde 1950, o índice de crimes cometido por jovens entre 15 e 25 anos dobrou no Brasil. Enquanto na década de 50, para cada 100 mil habitantes havia 6,2 jovens detidos por crime. Hoje, o número é de 12,5; adolescentes que cometem homicídios, latrocínios e furtos. Os números chegam a assustar quando se chega ao tráfico de drogas. Em 1950, eram 0,6 jovens traficantes para 100 mil habitantes, 15,5 nos dias atuais.

A morte trágica de João de Santo Cristo despertou o país para um problema sério e esquecido por nossos políticos: a entrada cada vez mais precoce de jovens no mundo do crime. Os tiros disparados por Santo Cristo e Jeremias, pelo domínio do tráfico na capital brasileira, despertou o sono do Presidente, de Deputados e, de Senadores. Mas torcemos, quem sabe não foi apenas o sono que as duas mortes vieram depertar.


PS. – Todos os personagens são fictícios, a história, apesar de não aparentar, também é uma criação. João do Santo Cristo e Jeremias morreram anos atrás em Faroeste Caboclo, canção do álbum Que País é Este?, da Legião Urbana. Entretanto todos os dados apresentados no texto são reais.


2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre boiando na maionese ein anderson....hahaha.
Mais ta joia velho.
O blog é feinho, mas pra escrever o que vem na cachola ta mais que bom...^^
Bom trabalho.
fuiz

Anderson Oliveira disse...

Nossa...

Da próxima vez deixe um nome, custam apenas alguns caracteres digitados em poucos segundo.

Agora realmente estou boiando na maionese.