Não faz muito tempo deixei de ser adolescente. As velhas dúvidas existenciais deixaram de ser freqüentes; este devia ser o sinal de uma vida mais madura, desprovida de arroubos bobos característicos da juventude. Entretanto, certo preconceito invadiu meus pensamentos nos últimos tempos, sem que eu quisesse ou percebesse tais intentos.
Quando adolescente enxergava amigos, colegas e outros tantos desconhecidos como desenhos produzidos pela Warner, talvez pela Disney, quem sabe Universal, sei lá. Na verdade éramos meras figuras fabricadas em estúdios cinematográficos, fonográficos e outros gráficos; vendidos em supermercados, lojas, shoppings, onde mais se possa comprar.
Todos eram mutantes; ora pagodeiros, ora roqueiros, punks, góticos, metaleiros, clubers parando, finalmente, na EMOtividade. Os cabelos se tornavam longos, por vezes não existiam, outras eram coloridos, pretos; pareciam esconder coisas realmente desimportantes. As roupas eram pretas, eram rasgadas, coloridas, escassas. A músicas eram modas, eram passados ainda vivos. Percebi que jovens vivem como mutantes, ora alegres, ora tristes. São bobos eternos, até a hora de crescer.
Os adolescentes são construções, invenções. A idade do sofrimento é fragmentada e inconstante, e a razão? Não se sabe. Difícil compreender esse ninho de sensações contraditórias, de questões indecifráveis. Jovens são mutantes, mudam com as horas, com as estações, com as bobagens vendidas em bancas de jornal.
Quando adolescente enxergava amigos, colegas e outros tantos desconhecidos como desenhos produzidos pela Warner, talvez pela Disney, quem sabe Universal, sei lá. Na verdade éramos meras figuras fabricadas em estúdios cinematográficos, fonográficos e outros gráficos; vendidos em supermercados, lojas, shoppings, onde mais se possa comprar.
Todos eram mutantes; ora pagodeiros, ora roqueiros, punks, góticos, metaleiros, clubers parando, finalmente, na EMOtividade. Os cabelos se tornavam longos, por vezes não existiam, outras eram coloridos, pretos; pareciam esconder coisas realmente desimportantes. As roupas eram pretas, eram rasgadas, coloridas, escassas. A músicas eram modas, eram passados ainda vivos. Percebi que jovens vivem como mutantes, ora alegres, ora tristes. São bobos eternos, até a hora de crescer.
Os adolescentes são construções, invenções. A idade do sofrimento é fragmentada e inconstante, e a razão? Não se sabe. Difícil compreender esse ninho de sensações contraditórias, de questões indecifráveis. Jovens são mutantes, mudam com as horas, com as estações, com as bobagens vendidas em bancas de jornal.
4 comentários:
Quando adolescentes, procuramos verdades e respostas. Os discursos de contextação nos atrai,mas vão sempre no sentido inverso a tudo que sempre ouvimos e cristalizamos. Perdidos e sem confiança nas antigas e novas referência, fugiamos. Diante desta, como bobos agíamos. Pelo menos eu, agia por impulsos gerados pela ebulição de hormônios e racionalizava qualquer problema da maneira mais rápida dilacerante. Bons, confusos e nem tão distantes tempos
Gosto muito do jeito que escreve. Passa umas dicas ae
Eu escrevo bem? Exagero seu,Ivan!
ahahaha, só eu e os donos desse blogger o leem?
Bom, mas é verdade, ao sairmos da adolescencia, olhamos para familiares, conhecidos ou desconhecidos e ai percebemos o quão bobos eles parecem, e ai notamos que eramos tb.
Atitudes tomadas sem pensar, palavras ditas ao vento, coisas feitas sem remédio, mas essa era a graça... eu ainda tenho saudades de ter 15 anos! rs... e isso só faz 5 anos...
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